quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Belém do Grão-Pará, através Recenseamento de 1778.
As Impressões sobre Belém Oitocentista.

A ponta de terra de que se agradou castelo Branco e na qual fundou um forte de madeira deu início ao núcleo de povoamento que passou a se chamar Freguesia da Sé. castelo Branco, fiel aos modelos ibéricos de conglomerados e "arruamentos", concedeu lotes de terras a soldados dessa jornada, os primeiros habitantes do núcleo inicial. Foi o primero passo par a criação de uma cidade, próxima ao modelo europeu, na Amazônia.
A localização da cidade facilitou a circulação de mercadorias do "sertão", o que levou os mercadores a reforçar aposição desse novo núcleo como ponto de intercessão para as trocas de seus produtos contribuindo, dessa forma, para que Belém se tornasse um porto muito movimentado. Somente em 1727, foi criada a Freguesia de Santa da Campina, em função do crescimento do núcleo inical da Sé. Segundo Baena:
"O bairro da Campina tomou esse nome por ser edificada em terreno fora da cidade e dela saparada pelo Igfarapé do Piri e pelo estreito ou igarapé, que do mar entrava no mesmo Piri pelo Palácio do Governo." ( BAENA, 1839, p. 259).
O Padre Jesuita João Daniel, que viajou pela Amazônia de 1741 a 1757, ao escrever seu "Tesouro Descoberto no Rio Amazonas", referiu-se a cidade de Belém do Grão-Pará nos seguintes termos:
" Podia chamar-se sem exageração de duas cidades: porque é quase dividida pelo meio por um pequeno desaguadouro de vários pântanos, que tem nas costas, e sobre ela uma pequena ponte, por onde se comunicam os moradores de u'a cidade e a outra, que lhe correspond no fim de outro quase alagadiço, que tem entre u'a e outra, e não só é baixa neste meio, mas também, em algua parte de suas ruas, onde chega a entrar-lhe a maré nas maiores águas de março e setembro. Contudo para os lados de terra mais alta, e mais aprazível, ainda que em tudo seria mais bela, e mais sadia, porque padece alguma coisa de doentia por causa de seus pântanos e alagadiços". ( DANIEL, 1976, p. 284). Esse trecho foi extraido do artigo "Estruturas de Apropriação de Riqueza em Belém do Grão-Pará, Através do Recenseamento de 1778 da professora Euda Cristina Alencar Veloso.

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